Monday, August 27, 2007

"O vulgo não tem critério" Eletropaulo e empresas acólitas

Esta frase parece preconceituosa. É atribuída a Maquiavel. "O vulgo não tem critério." Há um amigo que a repetia com impaciência diante dos cotidianos disparates provocados por aqueles que agem por meio de pressão, nunca mediante reflexão.

Conheço um funcionário, cuja mãe cuida de seu filho com deficiência grave. Um garoto simpático que precisa de assistência e carinho constantes. A mãe-avó era uma grande costureira. É. Precisou desligar as máquinas para cuidar do neto, acompanhá-lo à escola, assumir a sua educação com estímulos vários. A conta de luz baixou bastante, com o desligamento das máquinas de costura. E o que fez a Eletropaulo: desconfiou de fraude. E uma dessas empresas, que atira antes de perguntar, fez a abordagem, cortou a luz. Da casa onde há uma criança carente de cuidados especiais. Entre outros casos de abordagens desastradas e apressadas, sem dar o tempo de defesa, porque quanto mais cortes, mais faturamento para as acólitas (pelo desligamento sumário) e para a Eletropaulo (pelo religamento demorado, com tempo aproximado).

Ao cortar cada conta de luz, cortam antes que o cliente prove que pagou. Chegam esses uniformizados contratados por essas empresas acólitas, melhor dizer empresas-urubus, não perguntam, cortam. Eles ganham para cortar, sem nenhum critério. E a Eletropaulo cobra pela religação. Este é o rito tsunâmico, elegem um bairro e lá vão as duplas irracionais.

Fiquei olhando as pessoas vitimadas e tive vontade de chorar. Saem esses truculentos "paramilitares" pelos bairros em mutirão como vândalos para que essas empresas contratadas pela Eletropaulo faturem a rodo, como biscas ruins. A vida de mão única. A imposição pura e simples. Não estou pregando o calote pelas pessoas, mas que cheguem, esperem, perguntem. O rito sumário tomou conta da vida cotidiana. Tudo é desculpa para confiscar.

A tropa-de-choque sem cérebro invade os bairros, desafiam as velhinhas, pisoteiam a grama e a alma das pessoas. Nem todos somos bandidos. Aqui estou com a minha luz acesa e o meu computador, e posso me indignar contra esse tipo de empresa, contra as assessorias de cobrança que oprimem e ameaçam os que não podem se defender. "O vulgo não tem critério". Há nobres e ignóbeis em todas as classes sociais. Poderia ser um trabalho limpo. Por que a Eletropaulo contrata empresas com gosto por um trabalho sujo contra as pessoas da cidade? Os cidadãos maltratados em todos os níveis. Para mim o mundo não é dos espertos, como essas empresas acólitas da Eletropaulo e assemelhados que lançam nas ruas esses coitados com cérebros lavados para barbarizar os cidadãos, sobretudo os mais frágeis. "O vulgo não tem critério" não se aplica aos pobres, mas aos espertalhões e sua vulgaridade hostil à comunidade, tratando a todos como malfeitores, mas a maioria são cidadãos de bem e merecem respeito. Muitos são impedidos de pagar as suas contas pelo jogo sujo, "normas" malandras.

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