"MAIS CULTURA", ser editor, hoje Carta aberta ao Presidente da República e ao Ministro da Cultura Juca Ferreira
Eu já clamei, clamarei novamente, hoje. Falaria de feiras de livros neste posto. Mas preciso escrever esta
Carta Aberta ao Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e ao Ministro da Cultura Juca Ferreira
O programa "Mais Cultura" do Ministério da Cultura é uma beleza. Contempla a diversidade dos catálogos das pequenas e grandes editoras, ainda não dando conta de tudo, mas avança.
Mas a sua implantação penaliza os editores, sobretudo os pequenos editores. Repito, para tornar a edição economicamente viável, temos de imprimir a tiragem toda encomendada, honrar custos gráficos e de produção. As entregas se fazem por pequenas etapas. Naturalmente que nossos fornecedores gráficos não nos dão um ano para pagar. Temos de segurar o preço de capa dos livros, mas os custos gráficos sobrem (papel aumenta, falam-nos de dissídios, os Correios sobem suas tarifas sem nenhum pudor). Tudo conspira jogando-nos custos administrativos inimagináveis, automáticos, e bravamente os editores fazem seus livros para que sejam entregues. Sempre se repete a notícia do contingenciamento das verbas do Ministério da Cultura. Por quê?
Queria argumentar, com o PNBE-FNDE-MEC, isto não acontece. Editores entregam todos os livros e recebem todos os livros, apesar do aumento dos custos gráficos e demais custos. Todos os fornecedores raciocinam como se não houvesse uma planilha de custos na confecção do livro, se vamos receber do governo, temos de entregar tudo. É o desequilíbrio total. Fazer tudo no curto prazo e entregar no longo prazo, aos picadinhos.
Sei que o senhor Ministro da Cultura é um homem de sensibilidade, gostaria que olhasse sobretudo para os pequenos editores, pioneiros na arte de fazer livros. Inovadores em suas edições. Já é truismo que as inovações editoriais, as revelações de futuros consagrados autores originam-se em Casas pequenas. Apiedai-vos dos editores, senhor Ministro Juca Ferreira! Apiedai-vos do Ministério da Cultura, senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Essa minhas mal-escritas linhas são realmente um grito de socorro para que possamos fazer mais livros, criar empregos, ter mais vida, humanizar as comunidades mais longínquas, tornando possível o objetivo do programa "Mais Cultura" em toda a sua dimensão educacional civilizatória:
"Contribuir para que o livro, sobretudo o de literatura, ocupe lugar de destaque no cotidiano do brasileiro."
Não deixem morrer, senhor Presidente da República, e senhor Ministro da Cultura, a paixão pela bibliodiversidade dos pequenos editores, de todos os editores. Não somos espertos, somos crentes no poder universal do livro e da leitura democratizados. Apiedai-vos de nós, descontigenciando as verbas do livro.
Carta Aberta ao Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e ao Ministro da Cultura Juca Ferreira
O programa "Mais Cultura" do Ministério da Cultura é uma beleza. Contempla a diversidade dos catálogos das pequenas e grandes editoras, ainda não dando conta de tudo, mas avança.
Mas a sua implantação penaliza os editores, sobretudo os pequenos editores. Repito, para tornar a edição economicamente viável, temos de imprimir a tiragem toda encomendada, honrar custos gráficos e de produção. As entregas se fazem por pequenas etapas. Naturalmente que nossos fornecedores gráficos não nos dão um ano para pagar. Temos de segurar o preço de capa dos livros, mas os custos gráficos sobrem (papel aumenta, falam-nos de dissídios, os Correios sobem suas tarifas sem nenhum pudor). Tudo conspira jogando-nos custos administrativos inimagináveis, automáticos, e bravamente os editores fazem seus livros para que sejam entregues. Sempre se repete a notícia do contingenciamento das verbas do Ministério da Cultura. Por quê?
Queria argumentar, com o PNBE-FNDE-MEC, isto não acontece. Editores entregam todos os livros e recebem todos os livros, apesar do aumento dos custos gráficos e demais custos. Todos os fornecedores raciocinam como se não houvesse uma planilha de custos na confecção do livro, se vamos receber do governo, temos de entregar tudo. É o desequilíbrio total. Fazer tudo no curto prazo e entregar no longo prazo, aos picadinhos.
Sei que o senhor Ministro da Cultura é um homem de sensibilidade, gostaria que olhasse sobretudo para os pequenos editores, pioneiros na arte de fazer livros. Inovadores em suas edições. Já é truismo que as inovações editoriais, as revelações de futuros consagrados autores originam-se em Casas pequenas. Apiedai-vos dos editores, senhor Ministro Juca Ferreira! Apiedai-vos do Ministério da Cultura, senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Essa minhas mal-escritas linhas são realmente um grito de socorro para que possamos fazer mais livros, criar empregos, ter mais vida, humanizar as comunidades mais longínquas, tornando possível o objetivo do programa "Mais Cultura" em toda a sua dimensão educacional civilizatória:
"Contribuir para que o livro, sobretudo o de literatura, ocupe lugar de destaque no cotidiano do brasileiro."
Não deixem morrer, senhor Presidente da República, e senhor Ministro da Cultura, a paixão pela bibliodiversidade dos pequenos editores, de todos os editores. Não somos espertos, somos crentes no poder universal do livro e da leitura democratizados. Apiedai-vos de nós, descontigenciando as verbas do livro.
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