Indícios e explícitos PNBE 2010 Escolhas de Livros Ser editor, hoje
O Fnde-MEC tem um Código de Ética. Como editor, no histórico das minhas relações com os funcionários, este Código de Ética é rigorosamente cumprido.
As escolhas governamentais de livros, burocraticamente, se pautam corretamente, os editais se aprimoram a cada ano, mas falta ainda muito para que o real protagonismo do livro, que fala por si só, venha a ser consolidado.
Mas a terceirização das escolhas está perigosa para a composição da bibliodiversidade justa e isonômica na formação de acervos, porque repetimos a concentração de títulos que agora se dá entre casas editoras grandes e pequenas.
Há indícios, ouvi de alguns pares e autores. Indícios de comprometimentos nessa terceirização bem-intencionada, selecionada por currículos recheados dentro do atual carreirismo acadêmico, com pressa em publicar e publicar de qualquer maneira, com pressa demais que nem Darwin teve (está em artigo do Mais, de hoje).
Cabritos para vigiar a horta de couve. Entre juízes haveria impedimentos. Mas entre coordenadores de escolhas, cuja bibliografia tem história em editoras francamente favorecidas, é preciso olhar os explícitos. Eram indícios. Meus pares e autores que conversam sobre isso têm razão.
A grandeza dos grandes mestres foi substituída pela euforia curricular. Há grandes mestres, há grandes pessoas, grandes mestres mesmo entre os novos. Mas somos movidos por distorções. Cooptações sutis e escancaradas, muitas vezes. Quem se dá conta? Se o burocrático está correto, a peocupação ética sobretudo na terceirização da tarefa precisa ser acionada.
Que o FNDE cuide de seus programas fora do MEC.
Quanto a mim, como editora, quero fazer meus livros como escolha editorial, não como meros instrumentos que possam entrar em programas governamentais. Que um seja escolhido, acho bom, não porque pertença à Musa Editora, que publicou fulano e fulano, porque é um bom livro e fala por si mesmo. O que garanto ter ocorrido em todas as vezes que tive títulos selecionados. Bons livros podem ser barrados na porta para dar lugar a escolhas concentradas e cooptadas por razões várias. Indícios, falam cautelosos meus pares e autores. Explícitos, contam-me e eu aqui pergunto? Onde está a imprensa? Onde estamos nós, ancorados no corporativismo, com medo da falta de pudor por termos pudor?
A universalidade e a diversidade sempre, não se pode baixar a guarda nem quando voltamos para a rua.
Peço ao competente ministro Fernando Haddad que veja isso, como foi bem ágil com relação aos problemas de terceirizações em outras áreas sensíveis da Educação. Obrigada.
As escolhas governamentais de livros, burocraticamente, se pautam corretamente, os editais se aprimoram a cada ano, mas falta ainda muito para que o real protagonismo do livro, que fala por si só, venha a ser consolidado.
Mas a terceirização das escolhas está perigosa para a composição da bibliodiversidade justa e isonômica na formação de acervos, porque repetimos a concentração de títulos que agora se dá entre casas editoras grandes e pequenas.
Há indícios, ouvi de alguns pares e autores. Indícios de comprometimentos nessa terceirização bem-intencionada, selecionada por currículos recheados dentro do atual carreirismo acadêmico, com pressa em publicar e publicar de qualquer maneira, com pressa demais que nem Darwin teve (está em artigo do Mais, de hoje).
Cabritos para vigiar a horta de couve. Entre juízes haveria impedimentos. Mas entre coordenadores de escolhas, cuja bibliografia tem história em editoras francamente favorecidas, é preciso olhar os explícitos. Eram indícios. Meus pares e autores que conversam sobre isso têm razão.
A grandeza dos grandes mestres foi substituída pela euforia curricular. Há grandes mestres, há grandes pessoas, grandes mestres mesmo entre os novos. Mas somos movidos por distorções. Cooptações sutis e escancaradas, muitas vezes. Quem se dá conta? Se o burocrático está correto, a peocupação ética sobretudo na terceirização da tarefa precisa ser acionada.
Que o FNDE cuide de seus programas fora do MEC.
Quanto a mim, como editora, quero fazer meus livros como escolha editorial, não como meros instrumentos que possam entrar em programas governamentais. Que um seja escolhido, acho bom, não porque pertença à Musa Editora, que publicou fulano e fulano, porque é um bom livro e fala por si mesmo. O que garanto ter ocorrido em todas as vezes que tive títulos selecionados. Bons livros podem ser barrados na porta para dar lugar a escolhas concentradas e cooptadas por razões várias. Indícios, falam cautelosos meus pares e autores. Explícitos, contam-me e eu aqui pergunto? Onde está a imprensa? Onde estamos nós, ancorados no corporativismo, com medo da falta de pudor por termos pudor?
A universalidade e a diversidade sempre, não se pode baixar a guarda nem quando voltamos para a rua.
Peço ao competente ministro Fernando Haddad que veja isso, como foi bem ágil com relação aos problemas de terceirizações em outras áreas sensíveis da Educação. Obrigada.
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