História de Florença, de Maquiavel, Tradução de Nelson Canabarro
De História de Florença, de Maquiavel, de Sapo Apaixonado e de Elefante Infante e de Estadão que eu leio todos os dias e a Folha também
O livro "História de Florença", de Nicolau Maquiavel, tradução e notas de Nelson Canabarro, capa de Diana Mindlin sobre frontíspício da época, foi uma edição pioneira da pequena Musa Editora, no Brasil. Edição festejada pela imprensa em páginas e páginas. Edição ainda no mercado, presente nas livrarias, nos sites da Cultura, da Saraiva, das Travessas e nas feiras de livros. Agora no meu blog.
Leio hoje no Estadão, domingo, 4 de novembro de 2007, que a Martins Fontes lançou uma nova edição da "História de Florença", no Brasil. Parece-me que saiu durante a bienal do Rio de Janeiro, em setembro. Obra de domiínio público pode receber várias traduções. Mas a Martins Fontes não nomeia o tradutor nem em seu site. Escrevi um e-mail perguntando, quem traduziu? Um desrespeito ao ofício do tradutor e à editora que primeiro editou o livro no Brasil e tem seu tradutor nomeado por todos os meios: Nelson Canabarro.
No Suplemento Feminino do mesmo Estadão de hoje deparo-me com a publicação de pequena nota, por Ciça Valério, sobre o livro infantil, de autoria do poeta Donizete Galvão, "O Sapo Apaixonado", ilustrações de Mariana Massarani, com elogio de que a Musa produz edições caprichadas dos seus livros infantis (mas isto é mérito das queridas designers Raquel Matsushita e Marina Mattos). Claro que estou alegre com a nota da Ciça. Espero dela também a nota sobre "O Elefante Infante", do Rudyard Kipling, tradução de Adriano Messias e ilustrações do Fernando Vilela. Parece que a capa não fotografa bem, mas a Raquel fez uma versão em PDF alta definição para o catálogo da Primavera dos Livros 2007, que dá ótima reprodução, e que pode mostrar para muitos essa obra-prima de um Prêmio Nobel para crianças, em edição trilíngüe.
Ando com bastante raiva positiva e vou começar a bradar pelos telhados pedindo ética, não concorrência mecânica no meio editorial. Vivemos uma época de degradação dos valores e temos medo daquele com quem certa noite fomos jantar, entre amigos queridos. E mais uma vez aproveito para gritar contra o barrar bons livros para avaliação nas compras governamentais. Aconteceu no PNBE 2007 e precisa ser corrigido ainda este ano. Vale sempre o texto, e o autor, e a edição bem-feita, não detalhes burocráticos das páginas de crédito, em livros de catálogo, que não podem ser submetidos a regras a posteriori da camisa-de-força que construiu algo que enganou a todos, até os bons escritores, o nefasto "Literatura em Minha Casa", que favorecia grandes grupos editoriais, boicotava todos os catálogos das editoras e inventava uma receita de livro que levava a mediocridade amante de gincanas burocráticas a montar livrinhos, muitos bebidos em obras clássicas (não falo de adaptações sérias mas de montagens apressadas) ou mesmo truncando traduções de obras clássicas para adaptá-las ao formato. Isto não passou. Inventaram novos modos de barrar na entrada as obras de catálogo. Aconteceu com muitos editores. Nada a ver com ABNT ou questões realmente técnicas, mas com picuinhas burocráticas. Enquanto eu sonhava que "O Elefante Infante" estivesse sendo lido por um leitor sensível entre os avaliadores pedagógicos, este livro de Kipling fora barrado na entrado (lamentavelmente todos soubemos, somente após a escolha final , foi-nos vedado o direito de defesa, pela comunicação imediata e, segundo soubemos, cabia uma justificatica capaz de flexibilizar a inócua regrinha burocrática), por causa de um pequeno número, conforme costume entre as obras de catálogo, não estava escrito, primeira edição. E isto ocorreu com inúmeros livros de muitas editoras. Onde está o princípio da isonomia válido para livros e autores, tradutores e ilustradores, nem só para editores? Respeito aos catálogos das editores e a tudo e todos que catálogos encerram.
O livro "História de Florença", de Nicolau Maquiavel, tradução e notas de Nelson Canabarro, capa de Diana Mindlin sobre frontíspício da época, foi uma edição pioneira da pequena Musa Editora, no Brasil. Edição festejada pela imprensa em páginas e páginas. Edição ainda no mercado, presente nas livrarias, nos sites da Cultura, da Saraiva, das Travessas e nas feiras de livros. Agora no meu blog.
Leio hoje no Estadão, domingo, 4 de novembro de 2007, que a Martins Fontes lançou uma nova edição da "História de Florença", no Brasil. Parece-me que saiu durante a bienal do Rio de Janeiro, em setembro. Obra de domiínio público pode receber várias traduções. Mas a Martins Fontes não nomeia o tradutor nem em seu site. Escrevi um e-mail perguntando, quem traduziu? Um desrespeito ao ofício do tradutor e à editora que primeiro editou o livro no Brasil e tem seu tradutor nomeado por todos os meios: Nelson Canabarro.
No Suplemento Feminino do mesmo Estadão de hoje deparo-me com a publicação de pequena nota, por Ciça Valério, sobre o livro infantil, de autoria do poeta Donizete Galvão, "O Sapo Apaixonado", ilustrações de Mariana Massarani, com elogio de que a Musa produz edições caprichadas dos seus livros infantis (mas isto é mérito das queridas designers Raquel Matsushita e Marina Mattos). Claro que estou alegre com a nota da Ciça. Espero dela também a nota sobre "O Elefante Infante", do Rudyard Kipling, tradução de Adriano Messias e ilustrações do Fernando Vilela. Parece que a capa não fotografa bem, mas a Raquel fez uma versão em PDF alta definição para o catálogo da Primavera dos Livros 2007, que dá ótima reprodução, e que pode mostrar para muitos essa obra-prima de um Prêmio Nobel para crianças, em edição trilíngüe.
Ando com bastante raiva positiva e vou começar a bradar pelos telhados pedindo ética, não concorrência mecânica no meio editorial. Vivemos uma época de degradação dos valores e temos medo daquele com quem certa noite fomos jantar, entre amigos queridos. E mais uma vez aproveito para gritar contra o barrar bons livros para avaliação nas compras governamentais. Aconteceu no PNBE 2007 e precisa ser corrigido ainda este ano. Vale sempre o texto, e o autor, e a edição bem-feita, não detalhes burocráticos das páginas de crédito, em livros de catálogo, que não podem ser submetidos a regras a posteriori da camisa-de-força que construiu algo que enganou a todos, até os bons escritores, o nefasto "Literatura em Minha Casa", que favorecia grandes grupos editoriais, boicotava todos os catálogos das editoras e inventava uma receita de livro que levava a mediocridade amante de gincanas burocráticas a montar livrinhos, muitos bebidos em obras clássicas (não falo de adaptações sérias mas de montagens apressadas) ou mesmo truncando traduções de obras clássicas para adaptá-las ao formato. Isto não passou. Inventaram novos modos de barrar na entrada as obras de catálogo. Aconteceu com muitos editores. Nada a ver com ABNT ou questões realmente técnicas, mas com picuinhas burocráticas. Enquanto eu sonhava que "O Elefante Infante" estivesse sendo lido por um leitor sensível entre os avaliadores pedagógicos, este livro de Kipling fora barrado na entrado (lamentavelmente todos soubemos, somente após a escolha final , foi-nos vedado o direito de defesa, pela comunicação imediata e, segundo soubemos, cabia uma justificatica capaz de flexibilizar a inócua regrinha burocrática), por causa de um pequeno número, conforme costume entre as obras de catálogo, não estava escrito, primeira edição. E isto ocorreu com inúmeros livros de muitas editoras. Onde está o princípio da isonomia válido para livros e autores, tradutores e ilustradores, nem só para editores? Respeito aos catálogos das editores e a tudo e todos que catálogos encerram.
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