Após o roubo de um livro
Após o roubo de um livro
Marca
Escrúpulos Um pulo
tê-los ou não tê-los
vê-los ou não vê-los
Escrúpulos Um selo
ético no pêlo
13.03.2008
Eu queria chamar o poema acima Marca na vaca, lembrando o ferro quente gravado na carne do animal, para identificação do dono. Mas o que interessa é identificar onde não há dolo.
Constelações de barbárie
Levanto-me à noite, sem lugar, sem vida, sem chão, sem calma, sem pausa. Vivo um isolamento social e sou afável e vaidosa, pois de manhã saio com meus jeans ajustados e blusas várias. Mas nunca atravessei um tempo tamanhas trevas. Presa ao ventre da baleia, no fundo das águas Não vejo o mar. Como Jonas, grito a Jeová, ele me vomitará Do estômago do peixe para a terra firme? Nunca fui tão só em meio ao veneno das secreções Ambições nefastas e faltas Deus que é providência Apiedai-vos de nós Ainda assim sou feliz, ou privilegiada? Roubam minha casa e o sonho da Musa móvel Roubaram-me o automóvel. Lanço lamentações cifradas e eu quero falar claro o nome do horror, este vilão torpe entre meus pares, todos os vilões torpes entre meus pares, os editores Este um, o inominável, ato e pessoa, rouba o meu livro.
Já fede Lázaro no seu túmulo Para voltar à vida Espero a visita do amigo, o Filho de Deus chorar comigo este drama, já fede, mas a Noite dá para o Dia
Orvalho cai do escuro, o que levanta a rosa ao início da manhã Ao meu olhar passante Aparições nos galhos Todos os botões e as flores Não são prosaicas as cores São poesia nessas hastes Poesias carregam espinhos. De que adianta o poema sem espinhos? A rosa choca A poesia tem espinhos Só a verdade tem espinhos Vomitando pétalas em sua composição de rosa A condição de flor Eu sou aquela entre espadas e céu que me abriga esta terra e protege-me Ao relento deste quarto.
Marca
Escrúpulos Um pulo
tê-los ou não tê-los
vê-los ou não vê-los
Escrúpulos Um selo
ético no pêlo
13.03.2008
Eu queria chamar o poema acima Marca na vaca, lembrando o ferro quente gravado na carne do animal, para identificação do dono. Mas o que interessa é identificar onde não há dolo.
Constelações de barbárie
Levanto-me à noite, sem lugar, sem vida, sem chão, sem calma, sem pausa. Vivo um isolamento social e sou afável e vaidosa, pois de manhã saio com meus jeans ajustados e blusas várias. Mas nunca atravessei um tempo tamanhas trevas. Presa ao ventre da baleia, no fundo das águas Não vejo o mar. Como Jonas, grito a Jeová, ele me vomitará Do estômago do peixe para a terra firme? Nunca fui tão só em meio ao veneno das secreções Ambições nefastas e faltas Deus que é providência Apiedai-vos de nós Ainda assim sou feliz, ou privilegiada? Roubam minha casa e o sonho da Musa móvel Roubaram-me o automóvel. Lanço lamentações cifradas e eu quero falar claro o nome do horror, este vilão torpe entre meus pares, todos os vilões torpes entre meus pares, os editores Este um, o inominável, ato e pessoa, rouba o meu livro.
Já fede Lázaro no seu túmulo Para voltar à vida Espero a visita do amigo, o Filho de Deus chorar comigo este drama, já fede, mas a Noite dá para o Dia
Orvalho cai do escuro, o que levanta a rosa ao início da manhã Ao meu olhar passante Aparições nos galhos Todos os botões e as flores Não são prosaicas as cores São poesia nessas hastes Poesias carregam espinhos. De que adianta o poema sem espinhos? A rosa choca A poesia tem espinhos Só a verdade tem espinhos Vomitando pétalas em sua composição de rosa A condição de flor Eu sou aquela entre espadas e céu que me abriga esta terra e protege-me Ao relento deste quarto.
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