Tuesday, November 24, 2009

O protagonismo do livro em duas festas: Festa do Livro da USP e Primavera dos Livros do Rio de Janeiro

26, 27 e 28 de novembro
De 9 às 21 horas
Festa do Livro da USP
Bons livros com descontos
No Saguão da Geografia e da História


Primavera dos Livros do Rio de Janeiro
Jardins do Palácio do Catete (Museu da República)
de 26 a 29 de novembro de 2009
10 às 22 horas

Nada mais belo para o protagonismo do livro, celebrado, mas na prática desprezado pelos agentes empresariais e econômicos, e pelo carreirismo curricular e seu tráfico de influência nas escolhas governamentais que deveriam promover a isenção, embora todos queiram virar livro, o livro por si só se impõe em duas festas concebidas por quem é do ramo do livro. Livro sobre mesas, diante do umbigo dos editores e dos leitores. Livro sobre bancadas, como nas feiras livres, em que o livro nos pede por si mesmo a atenção, o estande ou a mesa são assessórios a serviço do livro. Cada livro no singular, como objeto singular.

Na USP, o comparecimento maciço de todos os públicos interessados, de dentro e de fora da Universidade,a festa do livro.

Na Primavera, as reflexões universais de interesse para o protagonismo do livro e o direito à bibliodiversidade que não pode ser sabotado em nenhuma instância, por nenhum interesse menor, nem pelos interesses das editoras em particular. O público da feira de Porto Alegre reclamou por diversidade e o jornal Zero Hora registrou e publicou (deu voz aos leitores, que querem algo além do ditado pela burrice média), todos encontrarão bibliodiversidade na Festa do Livro da Usp e na Primavera dos Livros do Rio de Janeiro.Todos estão convidados. Entrada gratuita. Mas compre livros, o consumo necessário.

Sunday, November 22, 2009

Indícios e explícitos PNBE 2010 Escolhas de Livros Ser editor, hoje

O Fnde-MEC tem um Código de Ética. Como editor, no histórico das minhas relações com os funcionários, este Código de Ética é rigorosamente cumprido.

As escolhas governamentais de livros, burocraticamente, se pautam corretamente, os editais se aprimoram a cada ano, mas falta ainda muito para que o real protagonismo do livro, que fala por si só, venha a ser consolidado.

Mas a terceirização das escolhas está perigosa para a composição da bibliodiversidade justa e isonômica na formação de acervos, porque repetimos a concentração de títulos que agora se dá entre casas editoras grandes e pequenas.

Há indícios, ouvi de alguns pares e autores. Indícios de comprometimentos nessa terceirização bem-intencionada, selecionada por currículos recheados dentro do atual carreirismo acadêmico, com pressa em publicar e publicar de qualquer maneira, com pressa demais que nem Darwin teve (está em artigo do Mais, de hoje).
Cabritos para vigiar a horta de couve. Entre juízes haveria impedimentos. Mas entre coordenadores de escolhas, cuja bibliografia tem história em editoras francamente favorecidas, é preciso olhar os explícitos. Eram indícios. Meus pares e autores que conversam sobre isso têm razão.

A grandeza dos grandes mestres foi substituída pela euforia curricular. Há grandes mestres, há grandes pessoas, grandes mestres mesmo entre os novos. Mas somos movidos por distorções. Cooptações sutis e escancaradas, muitas vezes. Quem se dá conta? Se o burocrático está correto, a peocupação ética sobretudo na terceirização da tarefa precisa ser acionada.

Que o FNDE cuide de seus programas fora do MEC.

Quanto a mim, como editora, quero fazer meus livros como escolha editorial, não como meros instrumentos que possam entrar em programas governamentais. Que um seja escolhido, acho bom, não porque pertença à Musa Editora, que publicou fulano e fulano, porque é um bom livro e fala por si mesmo. O que garanto ter ocorrido em todas as vezes que tive títulos selecionados. Bons livros podem ser barrados na porta para dar lugar a escolhas concentradas e cooptadas por razões várias. Indícios, falam cautelosos meus pares e autores. Explícitos, contam-me e eu aqui pergunto? Onde está a imprensa? Onde estamos nós, ancorados no corporativismo, com medo da falta de pudor por termos pudor?

A universalidade e a diversidade sempre, não se pode baixar a guarda nem quando voltamos para a rua.
Peço ao competente ministro Fernando Haddad que veja isso, como foi bem ágil com relação aos problemas de terceirizações em outras áreas sensíveis da Educação. Obrigada.

Saturday, November 21, 2009

Primavera dos Livros no Rio de Janeiro 26 a 29 de novembro

Transcrevo o informativo da Libre, sobre a Primavera dos Livros no Rio de Janeiro, de 26 a 29 de novembro de 2009, quando reafirmaremos o protagonismo do livro. Um livro fala por si, não pode ter sua avaliação contaminada por critérios burocráticos ou cooptações várias, diretas ou indiretas, cabendo a uma única entidade de cada vez ser responsável por escolhas que abrangerão o país. Sobretudo quando dessa entidade saíram professores que se tornaram editores e mantêm relações estreitas com a casa. Que vivam os editores independentes! Que prospere a bibliodiversidade, sobretudo nas escolhas governamentais do livro. O livro é questão nacional, suprapartidário e sobretudo antcorporativista. Deve ser visto por si mesmo. Um bom livro é um livro. Independente de quem o edita, seja casa grande ou pequena. Ir além do nosso pasto e ver o que nos mostram em nossa abóboda estrelada de tantas editoras. Livros saltam.

Vamos aos acontecimentos que nos darão o senso da bibliodiversidade. Não se trata de rir alegrinhos, mas de irmos fundo no protagonismo do livro e do respeito ao seu autor, ao seu editor, ao seu ilustrador, ao seu tradutor, cada objeto síntese que se torna um livro unido a todos os livros na sua diversidade, um direito real de todos, para isso a bibliodiversidade.


Informativo
De:
">LIBRE- Liga Brasileira de Editoras
Para:
anacandocha
Assunto:
Informativo
Data:
19/11/2009 15:03
19/11/2009
15ª Primavera dos Livros Rio de Janeiro 2009
Seminário Internacional de Editores Independentesna 15ª Primavera dos Livros, no Rio de JaneiroA abertura do evento é no dia 26 de novembro, no Museu da República A cooperação internacional entre os editores independentes, o desafio das novas tecnologias digitais e a ameaça da concentração do mercado, ao lado da celebração da diversidade cultural e bibliográfica, são os principais eixos da 15ª Primavera dos Livros, que começa no próximo dia 26, nos jardins do Museu da República, no Rio de Janeiro. O evento vai até o dia 29, promovido pela Libre-Liga Brasileira de Editoras, e homenageia o centenário de nascimento do poeta, compositor e repentista cearense, Patativa do Assaré, morto em 2002, aos 93 anos. Estão previstas programações dedicadas ao profissional do mercado editorial (começando logo após a abertura), aos professores (no dia 27), e ao público em geral, durante todo o fim de semana, além de oficinas e atividades infantojuvenis. Uma centena de lançamentos, de 20 editoras diferentes, estão marcados para acontecerem na varanda do museu. Também receberão uma homenagem especial as escritoras Lygia Bojunga Nunes, presença confirmada no encontro carioca, e Tatiana Belinky, além do dramaturgo Augusto Boal, idealizador do Teatro do Oprimido, morto em maio deste ano.A programação voltada ao Profissional do Livro tem início logo após a abertura oficial da Primavera, no dia 26, com o Seminário Internacional dos Editores Independentes, com representantes de países latino-americanos e africanos. A pesquisadora da Capes e educadora Célia Cassiano fará uma apresentação sobre a expansão dos editores espanhóis para o Brasil, no final do século XX, e as implicações para a cultura e educação do país. Para a presiden te da Libre, Cristina Warth, o tema é relevante, porque os independentes, em várias partes do mundo, preocupam-se com a concentração do mercado editorial em poucos e grandes grupos europeus."Entender como se deu essa entrada no âmbito da Educação implica tratar com mais proximidade dois temas: a entrada dos grandes grupos editoriais de livros didáticos espanhóis no Brasil, que estão produzindo e comercializando produtos que entram efetivamente nas escolas de todo o país, por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), e também analisar a natureza sociopolítica e econômica da implementação de uma disciplina no currículo escolar (no caso da língua espanhola)", resume Célia.Quem vemA Primavera dos Livros Rio de Janeiro 2009 tem apoio da Imprensa Oficial de Sãa Paulo, da Secretaria Municipal de Cultural do Rio de Janeiro e da Aliança dos Editores Independentes, com sede na França, a que está associada a presiden te da Libre como atual coordenadora da rede língua portuguesa, e o argentino Guido Indji, da rede de língua espanhola, outra participação certa no evento. Com ele, também Daniela Allerbon, dos Editores Independientes de la Argentina (Edinar); Gonzalo Badal, da Asociación de Editores Independientes de Chile (Edin); Gustavo M. García Arenas, da Red de Editoriales Independientes Colombianas (Reic); Pablo Fidel Moya Rossi, da Alianza de Editoriales Mexicanas Independientes (Aemi), Víctor Humberto Ruiz Velazco, da Alianza Peruana de Editores (Alpe) e Anna Mariella Danieli, Uruguay (Trilce). A 15ª Primavera dos Livros terá cerca de 90 estandes, com a presença de editores e público esperado de 40 mil pessoas. Os livros poderão ser comprados com descontos de até 40% (exceção para professores, no dia 27, que terão desconto de até 50%). Confira a programação completa do Seminário Internacional dos Editores Indepen dentes:Aqui, a programação completa da 15ª Primavera dos LivrosLibre pede esclarecimentos ao GDFsobre compra pública de 141 mil livrosA Libre enviou carta ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, pedindo esclarecimentos sobre a notícia de que a Secretaria de Educação se prepara para comprar 141 mil livros infantis e juvenis (47 títulos, 3 mil exemplares de cada um) de uma única editora. O documento é assinado por Cristina Warth, presidente da entidade que representa 104 pequenas e médias editoras. A aquisição do GDF seria destinada a compor o acervo de suas escolas e bibliotecas."Queremos crer que essa notícia não seja verdadeira, pois r epresentaria atitude de privilégio para com uma única empresa e falha grave na gestão do recurso público, ignorando a produção de dezenas de editoras que durante todo o ano, diretamente ou via seus representantes, apresentaram livros para análise, como é de praxe nas compras de livros para formação de acervos de escolas, bibliotecas e alunos da rede pública", afirma a carta.Segundo Cristina, nos últimos anos, verifica-se a inclusão cada vez maior de pequenas e médias editoras nas compras públicas, resultado da profissionalização do setor e do aumento da diversidade e qualidade dos livros que chegam ao mercado. Além disso, os governos têm se preocupado em compor acervos que representem a produção editorial do país."Nunca é demais lembrar que é a existência das pequenas e médias editoras que garante a bibliodiversidade e a renovação cultural, pois são elas que via de regra criam oportunidades para o lançamento de novos autores e de projetos editoriais diferenci ados. Várias dessas casas editoriais recebem os mais importantes prêmios literários nacionais e internacionais. Portanto, desconsiderar seus catálogos no momento de compor acervos públicos representa não só uma grave falha técnica do órgão responsável, mas também uma negligência em relação à responsabilidade do comprador no fomento da cultura nacional", escreveu Cristina ao governador. . Veja as fotos de livrarias brasileiras que chegaram no blog da Libre - http://librebr.blogspot.com. Para participar, envie sua foto para libre.brasil@gmail.com. Acompanhe a Libre no Twitter: http://twitter.com/primaveralivros
Rua Capitão Macedo, 166 / sala 4 - Vila Clementino - Fone: (11) 5084.8202 - Cep 04021-020 - São Paulo - SP

Friday, November 20, 2009

Muito Além do Feriado Minha Homenagem ao Dia da Consciência Negra

Muito além do feriado



Esta cidade é um monstro Vou

sair do réptil que me envolve

Para o parque calmo Árvore



Águas pacíficas entre montanhas Minas



***



Ir além dos próprios limites? Não posso mais.

Não há diálogo com o predador A lei representada

burocraticamente Faz a festa Sabota a todos

e aos direitos nossos A cada dia

Premia a distorção predatória A ditadura

exposta pelo mal cotidiano Que a democracia

oficial ainda não chega ao real O guarda e o funcionário



O jogo sujo dos empresários brutos Pequenos e médios

o arrivismo bruto Cartórios Condomínios Escritórios

Repartições Vitimam-se entre pares

Os heróicos sonhadores I have a dream



Começa todos os dias o discurso de Martin Luther King

vivo, o homem assassinado Hoje, ninguém mais morrerá

Obama não precisa morrer I have a dream Susan Boyle

arrebata-nos o mundo I dreamed a dream



A mulher mais feia

pode ser mais bela

que a mulher bonita

Tia Delmina

(cito meu próprio poema)



Meu pai tinha uma babá negra, Maria da Candocha

Nós a chamávamos Babá. Os peitos de Babá caíam

até a cintura Não era uma relação à moda Gilberto

Freyre; a Babá altiva sem idealizações Babá amada



20 de novembro de 2009

Wednesday, November 18, 2009

Carta ao Governador José Roberto Arruda Um comentário da Mazza

Prezada Cristina:Tanto em nome do CEM - CLUBE DAS EDITORAS MINEIRAS - do qual sou presidente,como em nome da minha editora (MAZZA EDIÇÕES) assino embaixo da mensagem quevocê enviou em nome da LIBRE.Se a gente não protesta, fica parecendo que somos coniventes e que nãoestamos nem aí para os mandos e desmandos dessa gente.Solidarizo-me com a LIBRE e coloco-me à disposição para qualquer iniciativaa respeito.Axé,Mazza>> Em 16

Este foi o comentário da Mazza Edições à carta enviada pela presidente da Libre, Cristina Warth, ao governador José Roberto Arruda, postado na rede da Libre. Que outros libreiros falem, outros livreiros falem, editoras libreiras ou não falem, a CBL fale, o SNEL fale, todos falem, o assunto é relevante. Quando a imprensa fará essa matéria? Leiam e releiam a carta da Cristina, elegante e certeira.

Monday, November 16, 2009

Distrito Federal Compra Governamentais de Livros

A carta de Cristina Warth, presidente da Libre, fala por si, no tocante ao problema das escolhas nas compras governamentais de livros, algo bom, com distorções sutis que violam o princípio universal da isonomia e arrasam com a bibliodiversidade. Quando a imprensa falará?


Rio de Janeiro, 12 de novembro de 2009.


Ilmo. Sr. Governador do Distrito Federal
José Roberto ArrudaAnexo do Palácio do Buriti - 11º andar, Gabinete - Praça do BuritiCEP 70075-900 - Brasília - DF


Referência: compra de livros infantis e juvenis pela Secretaria de Educação do Distrito Federal


Prezados Senhores,

Encaminhamos essa carta em nome de 104 pequenas e médias editoras, representadas pela LIBRE – Liga Brasileira de Editoras, na tentativa de esclarecer a notícia que circulou na semana passada, de que a Secretaria de Educação do Distrito Federal comprará, para compor o acervo de suas escolas e bibliotecas, 47 títulos – 3000 (três mil exemplares de cada um), de uma única editora.
Queremos crer que essa notícia não seja verdadeira, pois representaria atitude de privilégio para com uma única empresa e falha grave na gestão do recurso público, ignorando a produção de dezenas de editoras que durante todo o ano, diretamente ou via seus representantes, apresentaram livros para análise, como é de praxe nas compras de livros para formação de acervos de escolas, bibliotecas e alunos da rede pública.
As compras públicas, em todas as esferas, são acompanhadas e esperadas por toda a cadeia produtiva do livro, pois é sabido que representam parcela importante do resultado das editoras e distribuidoras do país.
Nos últimos anos temos acompanhado o processo cada vez maior de inclusão de um número significativo de pequenas e médias editoras nessas compras, resultado da profissionalização do setor e do aumento da diversidade e qualidade dos livros que chegam ao mercado, e também da preocupação do Estado em compor acervos que representem a produção editorial do país.

Nunca é demais lembrar que é a existência das pequenas e médias editoras que garante a bibliodiversidade e a renovação cultural, pois são elas que via de regra criam oportunidades para o lançamento de novos autores e de projetos editoriais diferenciados. Várias dessas casas editoriais recebem os mais importantes prêmios literários nacionais e internacionais. Portanto, desconsiderar seus catálogos no momento de compor acervos públicos representa não só uma grave falha técnica do órgão responsável, mas também uma negligência em relação à responsabilidade do comprador no fomento da cultura nacional.
Por conta disso não podemos acreditar que a compra da Secretaria de Educação do Distrito Federal opte pelo caminho do privilégio de uma única empresa, com a consequente exclusão de todo o mercado editorial, e pedimos esclarecimentos urgentes sobre essa informação.

Cordiais comprimentos,


Cristina Warth
Presidente

Com cópia para as entidades de classe e para a imprensa.

Sunday, November 15, 2009

Para não chover no molhado: Bibliodiversidade

Transcrevo abaixo o e-mail enviado pela Eliana Sá, da Sá Editora, para a rede da Libre. Fala de um fenômeno que ocorre nas livrarias, nas feiras do livro e em todo o jargão médio que orienta o mercado de livros no Brasil. Os "mix (que palavra chula) de títulos" repetidos ad nauseam, em todas as vitrines, em todos os expositores, nas rodas, nos aeroportos, em feiras de livros nas capitais e no interior deste Brasil, uma enumeração sem fim que se espalha com o ufanismo pelo livro, mas desrespeitando-o, pois a boa leitura exige bons livros e diversidade de escolhas, não apenas adesão a modismos discriminatórios. Ao protagonismo do livro não interessa as notícias rasas, mas as reflexões sérias, o que vai fundo no cerne da questão. Festejar o livro, muito bom que se espalhe, mas amá-lo é mais sério. É preciso espalhar a leitura de bons livros e o direito à escolha na diversidade dos catálogos. Manuel Bandeira para todos!

No e-mail da Eliana, está o óbvio bem grave, que os ufanistas do livro não enxergam, mas os seus defensores sabem bem: mesmo na tradicional feira de Porto Alegre, evaporou-se a diversidade de títulos, reproduzindo-se as vitrines dos mixes e dos kits, as discriminatórias idéias dos receituários xucros dos mornos dando as cartas no embalo da mediocridade vigente. Livrai-nos dos médios, eles fazem apenas o conveniente. Precisamos criar demanda para os bons livros.
Fustigar os mornos. "Os mornos, eu os vomitarei da minha boca", disse Deus no Apocalipse. Adorei quando ouvi isso ainda menina no colégio das irmãs, como nossas mães ainda dizem, eu sempre disse colégio das freiras. Mas o público de Porto Alegre se ressentiu da falta de variedade de livros nas bancas de sua feira. E também já soube de público das livrarias franquiadas reclamando disso. Viva o público que pode virar a mesa! Viva o público da Praça da Alfândega de Porto Alegre! Isto pode até contaminar os avaliadores de livros para compor os acervos das Bibliotecas. Quanto mais longe do Rio e de São Paulo, conhecem apenas duas ou três editoras. A propósito, ando irritada com os programadores médios da TV a cabo. Escondem os bons filmes, passando-os em horários impossíveis, como às 8 da manhã em dias de semana, e só repetindo o pior. Vamos à notícia que nos dá a Eliana, que clama pela diversidade de títulos nas livrarias e nas feiras, nas bibliotecas e nos lares, matéria motivada pela constatação do público da tradicional Feira de Livros de Porto Alegre, na Praça da Alfândega :


[libre_brasil] aí é que nós entramos com nossa Bibliodiversidade
De:
">Eliana/ Sá Editora
Para:
libre_brasil@yahoogroups.com
Assunto:
[libre_brasil] aí é que nós entramos com nossa Bibliodiversidade
Data:
13/11/2009 15:31

Acompanhando o noticiário sobre a queda de vendas em POA e pensando na riqueza da LIBRE, Eliana Sá

Pouca sorte na prateleira Zero Hora - 13/11/2009 - Por Carlos André Moreira
Principal reclamação dos habituais frequentadores da Feira do Livro de Porto Alegre, a falta de variedades nas bancas da Praça da Alfândega é reflexo de um dos pontos internos mais controversos da própria organização da Feira: a surda disputa interna entre livreiros de um lado e distribuidoras e editoras de outro. Pelo mesmo motivo, algumas livrarias tradicionais da cidade já debandaram da Praça. “Quem fica de porta aberta com chuva, sol, inverno e verão são as livrarias, mas chega a Feira do Livro todo mundo quer ter banca na Praça, inclusive o distribuidor, que aí coloca só o que ele considera “filé”: o best-seller. Por isso, as bancas são tão iguais, e, se um outro tipo de livro estoura, já teve distribuidor que segurou para ele sem repassar às livrarias”, comenta Lu Vilella, da Bamboletras, que há três anos decidiu não participar mais da Feira e manter a livraria, no Centro Comercial Nova Olaria, com os mesmos descontos da Praça.

Comentário: O jornal Zero Hora, dando a notícia, não se ateve ao ufanismo nem à busca do curioso sensacionalista dos acontecimentos ao redor das feiras de livros. Foi ao ponto. O público busca a diversidade não a mesmice do mix e do kit médio da leitura digestiva que atropelam os livros de verdade.

Sunday, November 08, 2009

Síndrome do pânico

Síndrome do pânico

A minha dor é tanta Diante do pacto
que sempre leva ao trágico de Hamlet

Conluio de assassinos
Tomam o refresco no jardim

Ali passeiam répteis
A tentação raptar
a alma das plantas

Abrigar-se nas raízes Os rudes

Nossa Senhora

Finco poemas de verdade
Quero fazer cercas ao redor
do ninho Ali o Menino Jesus dorme

Em que o passarinho come

Abre seu bico o filhote

Minha mãe me livrará do bote!

Gincana brava
Um poema trancado Quero trazê-lo
à tona Esta ansiedade que me rouba
Se eu andasse passo a passo Caem
espadas do céu Exércitos me perseguem

Como me debruçar para olhar
as águas Desta ponte? Nem paro
Amigos
Dize, ó orvalho, sereno fantástico
que me aspergirá a noite Quando
me fizer calma Olhar o outro
Anel em seu dedo Sopesar
o peixe diante da banca Peço tempo
para vê-lo, para cantar, abrir a porta
Só conversar O luxo do divagar
Bem devagar ir ali Quem se assentará
para a ceia lírica? Agora nada virá
depois Sois o presente Estarmos aqui
Ao brinde